segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Explicação da crise...

Está demais ...

Pediu-se a uma prestigiada consultora financeira para explicar de forma simples a crise que estamos a viver, para que as pessoas comuns compreendam as  suas causas e consequências. Esta foi a sua história:


Um homem apareceu numa aldeia do “enterior desquecido” e ofereceu aos seus habitantes 100 euros por cada burro que lhe vendessem.
Boa parte da população vendeu os seus animais.
No dia seguinte voltou e ofereceu melhor preço: 150 por cada burrico.
Outra boa parte da população vendeu os seus.
Voltou um dia depois e ofereceu 300 euros.
O resto do pessoal vendeu os últimos burros.
Ao ver que não havia mais animais disponíveis, o homem ofereceu 500 euros por cada burrico, dando a entender que os compraria na semana seguinte, e desapareceu.
No dia seguinte mandou à aldeia um cúmplice com os burros que tinha comprado, oferecendo-se para os vender  a 400 euros cada um.
Com a ganância de os vender a 500 euros na semana seguinte, todos os aldeãos compraram os burros a 400 euros. Quem não tinha dinheiro pediu emprestado. Entretanto, compraram todos os burros da região.
Como era de esperar, o fulano desapareceu, e o cúmplice também, e nunca mais se soube nada deles.
Resultado:  a aldeia ficou cheia de burros e de gajos endividados.
Isto contou o consultor.
Vejamos o que ocorreu depois:
Os que tinham pedido dinheiro emprestado, por não vender os burros, não puderam pagar
os empréstimos.
Os que tinham emprestado dinheiro queixaram-se à junta de freguesia dizendo que se não retomavam o dinheiro ficariam arruinados,  e então não podiam continuar a emprestar… e
Toda a aldeia ficaria arruinada.
Para que os prestamistas não se arruinassem, o Presidente da Junta, em vez de dar dinheiro à gente da aldeia para pagar as dívidas, emprestou aos próprios prestamistas. Mas estes, que já tinham cobrado grande parte do dinheiro, não perdoaram as dívidas aos aldeões, que continuaram endividados.
O Presidente da Junta desbaratou assim o orçamento da freguesia, que ficou também endividada. Então pediu dinheiro a outras freguesias,  mas estas negaram-se a ajudar porque, como estava  empenhada, não poderia devolver o que lhe emprestassem.
Resultado:
- Os Chico-espertos do princípio, de papo cheio.
- Os prestamistas, com a sua ganância satisfeita e um montão de devedores a quem continuam a cobrar o que lhes emprestaram mais os juros, e inclusive apropriando-se dos já desvalorizados burros com  que nunca conseguiriam cobrir toda a dívida.
- Muita gente arruinada e sem burro para toda a vida.
- A autarquia também arruinada.
Resultado final?
Para solucionar esta preocupante situação e salvar toda a aldeia, a autarquia…
BAIXOU O ORDENADO DOS SEUS FUNCIONÁRIOS! 

Uma semaninha de férias

Que bom..... uma semana inteirinha só para a familia.

Muito bom,


Pena que acabe.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

IV Matáncia de l Cochino - 30 de Janeiro

Organizado pela Mirandanças - Associação para o Desenvolvimento Integrado da Terra de Miranda.
Inscreva-se em Miranda do Douro, na sede da Mirandanças ou através do e-mail mirandancas@gmail.com .

Programa:
9 h - Pequeno Almoço
10h - matança
11.30- Jogos Tradicionais
13h - Almoço
15h - Grupo Musical Quinteto Reis


Local: Pavilhão Multtiusos

Apareça.

Mobbing - Um novo conceito que surgiu em Portugal há já alguns anos

Assédio Moral e Psicológico

Na Revista Visão de Novembro, vinha uma reportagem de investigação que toda a gente deveria ler "Histórias de Terror no Trabalho", é impressionante que num país como o nosso ainda existam e cada vez mais situações como estas.

«Uma outra forma de discriminação no local de trabalho consiste no assédio moral ou mobbing, que igualmente se encontra previsto no artigo 29.º» do Código do Trabalho.

«Na esfera laboral, o mobbing representa assim a perseguição movida a um trabalhador, através da reiteração de comportamentos hostis, humilhantes e persecutórios, destinados a perturbá-lo emocionalmente e em última instância , levá-lo a abandonar o trabalho. Conforme refere Isabel Ribeiro Parreira, “em geral o assédio moral consubstancia uma violência psicológica em pequenas doses, iniciada sem qualquer aviso, prosseguida de forma subversiva e extremamente destrutiva por via do efeito cumulativo de microtraumatismos frequentes e repetidos” [in António Moreira (org.) V Congresso].

Normalmente o assédio moral passa por provocar o isolamento da vítima de entre os outros colegas, instituir tratamentos discriminatórios, fazer solicitações de extremo perfeccionismo em relação ao seu trabalho, criticar a sua personalidade ou a sua actuação na vida privada. O assédio moral caracteriza-se assim por não ter justificação, sendo que essa gratuitidade aponta para uma especial perversidade do assediador.

Em consequência do assédio da vítima sofre uma grande desmotivação no seu trabalho, sendo que a humilhação e os ataques de que é constantemente vítima normalmente originam distúrbios psico-somáticos ou mesmo perturbações mentais. (…)

A responsabilidade do empregador em consequência do mobbing resulta de este dever proporcionar ao trabalhador boas condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico como moral [artigo 127.º, n.º 1, c)]. Consequentemente o empregador responderá, não apenas pelos actos praticados pelo próprio ou pelos trabalhadores em quem tenha delegado o poder disciplinar, mas também pelos actos praticados por colegas de trabalho ou inclusivamente por subordinados do trabalhador ou por pessoas estranhas à empresa, devendo, porém neste último caso, exigir-se alguma contribuição do empregador para a situação.

O mobbing é causa de vários tipos de danos, patrimoniais e não patrimoniais. Entre os danos patrimoniais encontra-se a lesão da profissionalidade, causada pelo isolamento do trabalhador ou pela sua progressão na carreira, bem como despesas causadas pela necessidade de apoio médico ou psicológico. Entre os danos não patrimoniais encontram-se a dor e o sofrimento causados pela humilhação e perseguição a que o trabalhador é sujeito. Para além de constituir contra-ordenação muito grave (artigo 29.º, n.º 4), a prática de assédio moral atribui ao trabalhador o direito a uma indemnização por danos patrimoniais e não patrimoniais (artigo 29.º, n.º 3 e 28.º) e constitui-o no direito à resolução do contrato.»

Como saber se está a ser assediado? Na referida reportagem são apresentadas oito perguntas básicas:

1) É-lhe vedado o acesso a informação necessária ao seu desempenho profissional?
2) São espalhados rumores ou mexericos sobre si?
3) É socialmente ignorado pelos colegas, excluído das actividades de trabalho em grupo ou “emprateleirado”?
4) É alvo de comentários ofensivos sobre a sua vida privada, hábitos ou origem social?
5) Gritam consigo ou é alvo de comportamentos coléricos ou de raiva?
6) O seu trabalho ou esforços para o realizar são constantemente criticados?
7) Depara com silêncio ou hostilidade, quando se dirige aos seus colegas ou tenta iniciar uma conversa?
8) É alvo de piadas ou brincadeiras de mau gosto?
Se é alvo de, pelo menos um destes comportamentos, está a ser vítima de mobbing. Se tais comportamentos se registam entre uma vez por dia e uma vez por semana, é vítima de assédio severo. Se se registam uma vez por mês ou raramente, é vítima de assédio ocasional.

Outras formas de identificar as situações de assédio, conforme nos explica o jornalista, podem ser, entre outras:
Não atribuição de funções;
Atribuição de funções menos qualificadas;
Acumulação excessiva de tarefas;
Discriminação na formação;
Marginalização e ostracismo;
Ameaças constantes;
Injúrias e reprimendas reiteradas;
Desprezo e criação de condições humilhantes.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Novo acordo Ortográfico

A primeira grande reforma ortográfica foi em 1911. Desde então houve várias tentativas de uniformização ortográfica, no entanto só em Maio de 2008, o Parlamento aprovou o Segundo Protocolo Modificativo, que abriu caminho para a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990.

Estas alterações introduzidas pelo novo acordo ortográfico, parece que será algo ao qual todos nós teremos que nos habituar, uma inevitabilidade, mas que considero um "assassinato" à Língua Portuguesa, uma vez que uma língua transporta consigo a evolução de um povo.

No entanto e nesta fase de transição / adaptação aqui ficam as principais alterações.

- As letras K, W e Y passam oficialmente a fazer parte do alfabeto da língua Portuguesa.

- Suprime alguns acentos e aceita grafias duplas nos casos de variação de pronúncia. (Ex: jóia>joia | crêem > creem)

- Prevê a supressão das consoantes mudas ou articuladas em determinadas sequências consonânticas ( Ex: accionar >acionar | acção>ação | actual>atual | concepcional>concecional | adopção > adoção | baptizar >batizar |

- Simplifica e reformula as regras do uso do hífen (Ex. manda-chuva > mandachuva | anti-rugas > antirrugas | mini-saia>minissaia | auto-estrada > autoestrada | co-produtor>coprodutor | | fim-de-semana > fim de semana | hão-de > hão de )

- Sistematiza o emprego da inicial minúscula e considera facultativo o uso da maiúscula em vários casos.

Texto original do acordo em http://www.priberam.pt/docs/AcOrtog90.pdf

E-mail realista

Anda a circular na net, um mail que acho que retrata bem os nossos dias.
Aqui fica para a posteridade.

Uma experiência socialista ...  em 1931.
Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira.
Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam "justas".
Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria.
Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...
Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.
Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.
Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da media das notas.
Portanto, agindo contra os seus principios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
O resultado, a segunda média dos testes foi 10.
Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5.
As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das
reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram...
Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."
O pensamento abaixo foi escrito em 1931.
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos.
O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
Adrian Rogers, 1931
 
 
Esta dá que pensar....

Miranda do Douro.... uma terra a visitar

Um pouco da sua história...
Parque Urbano do Rio Fresno

Miranda do Douro, sede do concelho, está situada num espigão que domina a pique a margem direita do rio Douro, no troço internacional que separa a província Portuguesa de Trás-os-Montes da província espanhola de Leão.
A Vila de Miranda surgiu com o Rei D. Dinis que existia sobre as arribas do Douro e era banhado pelos rios Douro e Fresno.
É aquando do Tratado de Alcanices – celebrado entre D. Dinis, rei de Portugal, e Fernando IV, de Leão e Castela, que temos de fazer a leitura histórica da fundação da Vila de Miranda em 18 de Dezembro de 1286, elevando-a à categoria de vila e aumentando-lhe os privilégios antigos. Um dos privilégios deste foral era Miranda nunca sair da coroa.
A partir desta altura, Miranda torna-se progressivamente na mais importante das vilas cercadas de Tras-os-Montes.
Em 10 de Julho de 1545, D. João III eleva Miranda do Douro à categoria de cidade, passando a ser a primeira diocese de Trás-os-Montes (por bula do Papa Paulo III de 22 de Maio de 1545) que amputava à arquidiocese de Braga da maior parte do território transmontano.
Assim, Miranda ficou a ser a capital de Trás-os-Montes, sede do bispado, residência do bispo, cónegos e mais autoridades eclesiásticas bem como, militares e civis.
Em 1762, no contexto da Guerra dos sete anos, o exército de Eduardo III invade Trás-os-Montes. O Paiol, com cerca de 500 barris de pólvora, foi atingido por um tiro de canhão, fazendo ir pelos ares as quatro torres do castelo e os bairros periféricos. Aproximadamente um terço da população da cidade - cerca de 400 pessoas – pereceram perante esta catástrofe, levando assim à ruína religiosa, demográfica e urbana de Miranda.
Quase dois anos depois, em 1764 D. Frei Aleixo Miranda Henriques (23º bispo) abandona Miranda, trocando-a por Bragança, que passava a ser outra sede episcopal definitiva e única a partir de 1680.
Duzentos anos depois, graças à construção das barragens de Picote e Miranda, o concelho assumiu-se como uma região em franco desenvolvimento e a cidade, mercê da perfeita harmonia entre o passado e o presente, é, hoje, um verdadeiro museu vivo. A cidade vive de numerosos comércios (têxteis, calçado e ourivesaria) destinados aos vizinhos espanhóis, que atravessam a fronteira para fazer as suas compras.
Por isso, o concelho de Miranda do Douro é detentor de um vasto, diversificado e valioso património cultural e arquitectónico espalhado pelas suas freguesias, que continuam a preservar e divulgar parte da sua cultura por meio das suas peças manufacturadas como as Colchas feitas nos teares tradicionais, os tecidos de Saragoça e Buréis, os Bordados, Gaitas de Foles, Flautas, Castanholas e Rocas.