quinta-feira, 7 de abril de 2011

Porque silenciam a ISLÂNDIA?


(Portugal está neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)

 Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.


O  Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.


Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

Por Francisco Gouveia, Eng.º

segunda-feira, 21 de março de 2011

Geração à rasca

(Texto que circula atribuido a Mia Couto mas não confirmado, merece no entanto leitura e reflexão)



Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com
frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à
rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na
sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como
lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha
geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se
das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram
dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos
seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração
mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida
desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de
condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso
para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro
emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos
cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o
dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em
substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já
que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra
(quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A
vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem
Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se
entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a
pagar restaurante aos filhos, num país onde  uma festa de aniversário de
adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da
luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos
não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos
qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de
dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por
isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque
eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram
que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém
lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas
décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por
escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na
proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país
lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a
pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio
nenhum. Uma geração que tem acesso a  informação sem que isso signifique que
é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e
interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não
poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que
deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou
etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre
emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que
nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como
mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi
ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe
chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a
quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e
inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no
retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem
são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem,
atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são
empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que
inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como
se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes
de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos
locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns
acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente
ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme
convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer
melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade
não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá
mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma
generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.


segunda-feira, 14 de março de 2011

Que parva que eu sou - Deolinda

Quem disse que já não se faziam hinos....

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!


Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.


Actualização: já disponível o mp3


A canção foi estreada no primeiro concerto de Deolinda no Coliseu do Porto, no dia 22 de Janeiro. Foi, se não me falha a memória, no primeiro encore. Mesmo sem que o povo presente conhecesse o tema e a letra – afinal era a estreia – o tema fez sucesso imediato e foi dos mais aplaudidos da noite. Sintomas dos nossos tempos.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Férias

Estou de Férias.

Que maravilha.

Mais uma semaninha......

Têm inveja......

Nem todos podem ter uma vidinha assim.

LOL

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Este país não é para corruptos!

Relembro um texto de Ricardo Araújo Pereira, publicado na Visão de 29-04-2010. Uma caricatura do nosso sitema judicial e da forma tolerante como a corrupção é entendida. Muito bem escrito e, apesar da ironia, tem muita matéria que merece uma reflexão séria.


" Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer

Portugal é um país em salmoura. Ora aqui está um lindo decassílabo que só por distracção dos nossos poetas não integra um soneto que cante o nosso país como ele merece. "Vós sois o sal da terra", disse Jesus dos pregadores. Na altura de Cristo não era ainda conhecido o efeito do sal na hipertensão, e portanto foi com o sal que o Messias comparou os pregadores quando quis dizer que eles impediam a corrupção. Se há 2 mil anos os médicos soubessem o que sabem hoje, talvez Jesus tivesse dito que os pregadores eram a arca frigorífica da terra, ou a pasteurização da terra. Mas, por muito que hoje lamentemos que a palavra "pasteurização" não conste do Novo Testamento, a referência ao sal como obstáculo à corrupção é, para os portugueses do ano 2010, muito mais feliz. E isto porque, como já deixei dito atrás com alguma elevação estilística, Portugal é um país em salmoura: aqui não entra a corrupção - e a verdade é que andamos todos hipertensos.
Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."
 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Uma oportunidade a não perder....

PEPAL - Programa de Estágios Profissionais na Administração local

Vários Municípios têm abertas candidaturas,´para os interessados em estágio, no âmbito da 4ª Edição PEPAL , que decorrerão entre os dias 24 de Janeiro a 04 de Fevereiro de 2011.
Nesta 4ª Edição PEPAL, a apresentação das candidaturas e selecção dos estagiários é feita exclusivamente através da Internet, na página www.portalautarquico.pt, mediante o preenchimento de formulário Online, disponível nos Serviços Online /PEPAL, o qual inclui todos os elementos curriculares necessários para efeitos de selecção.
 
Destinatários do PEPAL:
Jovens licenciados que tenham até 35 anos (aferidos à data de início do estágio) e que se encontrem numa das seguintes situações face ao emprego: jovens à procura do primeiro emprego, jovens em situação de desemprego e jovens que, embora se encontrem empregados, exerçam uma ocupação profissional não correspondente à sua área de formação e nível de qualificação. Não podem apresentar candidatura os interessados que se encontrem a frequentar ou tenham frequentado programas de estágios profissionais financiados pelo Estado.
> Para mais pormenores consulte o documento “Regras e Orientações da 4ª Edição PEPAL” facultado pela DGAL.
Listagem de municipios com estágios aprovados aqui
Com esta falta de emprego o melhor é tentar...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Explicação da crise...

Está demais ...

Pediu-se a uma prestigiada consultora financeira para explicar de forma simples a crise que estamos a viver, para que as pessoas comuns compreendam as  suas causas e consequências. Esta foi a sua história:


Um homem apareceu numa aldeia do “enterior desquecido” e ofereceu aos seus habitantes 100 euros por cada burro que lhe vendessem.
Boa parte da população vendeu os seus animais.
No dia seguinte voltou e ofereceu melhor preço: 150 por cada burrico.
Outra boa parte da população vendeu os seus.
Voltou um dia depois e ofereceu 300 euros.
O resto do pessoal vendeu os últimos burros.
Ao ver que não havia mais animais disponíveis, o homem ofereceu 500 euros por cada burrico, dando a entender que os compraria na semana seguinte, e desapareceu.
No dia seguinte mandou à aldeia um cúmplice com os burros que tinha comprado, oferecendo-se para os vender  a 400 euros cada um.
Com a ganância de os vender a 500 euros na semana seguinte, todos os aldeãos compraram os burros a 400 euros. Quem não tinha dinheiro pediu emprestado. Entretanto, compraram todos os burros da região.
Como era de esperar, o fulano desapareceu, e o cúmplice também, e nunca mais se soube nada deles.
Resultado:  a aldeia ficou cheia de burros e de gajos endividados.
Isto contou o consultor.
Vejamos o que ocorreu depois:
Os que tinham pedido dinheiro emprestado, por não vender os burros, não puderam pagar
os empréstimos.
Os que tinham emprestado dinheiro queixaram-se à junta de freguesia dizendo que se não retomavam o dinheiro ficariam arruinados,  e então não podiam continuar a emprestar… e
Toda a aldeia ficaria arruinada.
Para que os prestamistas não se arruinassem, o Presidente da Junta, em vez de dar dinheiro à gente da aldeia para pagar as dívidas, emprestou aos próprios prestamistas. Mas estes, que já tinham cobrado grande parte do dinheiro, não perdoaram as dívidas aos aldeões, que continuaram endividados.
O Presidente da Junta desbaratou assim o orçamento da freguesia, que ficou também endividada. Então pediu dinheiro a outras freguesias,  mas estas negaram-se a ajudar porque, como estava  empenhada, não poderia devolver o que lhe emprestassem.
Resultado:
- Os Chico-espertos do princípio, de papo cheio.
- Os prestamistas, com a sua ganância satisfeita e um montão de devedores a quem continuam a cobrar o que lhes emprestaram mais os juros, e inclusive apropriando-se dos já desvalorizados burros com  que nunca conseguiriam cobrir toda a dívida.
- Muita gente arruinada e sem burro para toda a vida.
- A autarquia também arruinada.
Resultado final?
Para solucionar esta preocupante situação e salvar toda a aldeia, a autarquia…
BAIXOU O ORDENADO DOS SEUS FUNCIONÁRIOS! 

Uma semaninha de férias

Que bom..... uma semana inteirinha só para a familia.

Muito bom,


Pena que acabe.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

IV Matáncia de l Cochino - 30 de Janeiro

Organizado pela Mirandanças - Associação para o Desenvolvimento Integrado da Terra de Miranda.
Inscreva-se em Miranda do Douro, na sede da Mirandanças ou através do e-mail mirandancas@gmail.com .

Programa:
9 h - Pequeno Almoço
10h - matança
11.30- Jogos Tradicionais
13h - Almoço
15h - Grupo Musical Quinteto Reis


Local: Pavilhão Multtiusos

Apareça.

Mobbing - Um novo conceito que surgiu em Portugal há já alguns anos

Assédio Moral e Psicológico

Na Revista Visão de Novembro, vinha uma reportagem de investigação que toda a gente deveria ler "Histórias de Terror no Trabalho", é impressionante que num país como o nosso ainda existam e cada vez mais situações como estas.

«Uma outra forma de discriminação no local de trabalho consiste no assédio moral ou mobbing, que igualmente se encontra previsto no artigo 29.º» do Código do Trabalho.

«Na esfera laboral, o mobbing representa assim a perseguição movida a um trabalhador, através da reiteração de comportamentos hostis, humilhantes e persecutórios, destinados a perturbá-lo emocionalmente e em última instância , levá-lo a abandonar o trabalho. Conforme refere Isabel Ribeiro Parreira, “em geral o assédio moral consubstancia uma violência psicológica em pequenas doses, iniciada sem qualquer aviso, prosseguida de forma subversiva e extremamente destrutiva por via do efeito cumulativo de microtraumatismos frequentes e repetidos” [in António Moreira (org.) V Congresso].

Normalmente o assédio moral passa por provocar o isolamento da vítima de entre os outros colegas, instituir tratamentos discriminatórios, fazer solicitações de extremo perfeccionismo em relação ao seu trabalho, criticar a sua personalidade ou a sua actuação na vida privada. O assédio moral caracteriza-se assim por não ter justificação, sendo que essa gratuitidade aponta para uma especial perversidade do assediador.

Em consequência do assédio da vítima sofre uma grande desmotivação no seu trabalho, sendo que a humilhação e os ataques de que é constantemente vítima normalmente originam distúrbios psico-somáticos ou mesmo perturbações mentais. (…)

A responsabilidade do empregador em consequência do mobbing resulta de este dever proporcionar ao trabalhador boas condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico como moral [artigo 127.º, n.º 1, c)]. Consequentemente o empregador responderá, não apenas pelos actos praticados pelo próprio ou pelos trabalhadores em quem tenha delegado o poder disciplinar, mas também pelos actos praticados por colegas de trabalho ou inclusivamente por subordinados do trabalhador ou por pessoas estranhas à empresa, devendo, porém neste último caso, exigir-se alguma contribuição do empregador para a situação.

O mobbing é causa de vários tipos de danos, patrimoniais e não patrimoniais. Entre os danos patrimoniais encontra-se a lesão da profissionalidade, causada pelo isolamento do trabalhador ou pela sua progressão na carreira, bem como despesas causadas pela necessidade de apoio médico ou psicológico. Entre os danos não patrimoniais encontram-se a dor e o sofrimento causados pela humilhação e perseguição a que o trabalhador é sujeito. Para além de constituir contra-ordenação muito grave (artigo 29.º, n.º 4), a prática de assédio moral atribui ao trabalhador o direito a uma indemnização por danos patrimoniais e não patrimoniais (artigo 29.º, n.º 3 e 28.º) e constitui-o no direito à resolução do contrato.»

Como saber se está a ser assediado? Na referida reportagem são apresentadas oito perguntas básicas:

1) É-lhe vedado o acesso a informação necessária ao seu desempenho profissional?
2) São espalhados rumores ou mexericos sobre si?
3) É socialmente ignorado pelos colegas, excluído das actividades de trabalho em grupo ou “emprateleirado”?
4) É alvo de comentários ofensivos sobre a sua vida privada, hábitos ou origem social?
5) Gritam consigo ou é alvo de comportamentos coléricos ou de raiva?
6) O seu trabalho ou esforços para o realizar são constantemente criticados?
7) Depara com silêncio ou hostilidade, quando se dirige aos seus colegas ou tenta iniciar uma conversa?
8) É alvo de piadas ou brincadeiras de mau gosto?
Se é alvo de, pelo menos um destes comportamentos, está a ser vítima de mobbing. Se tais comportamentos se registam entre uma vez por dia e uma vez por semana, é vítima de assédio severo. Se se registam uma vez por mês ou raramente, é vítima de assédio ocasional.

Outras formas de identificar as situações de assédio, conforme nos explica o jornalista, podem ser, entre outras:
Não atribuição de funções;
Atribuição de funções menos qualificadas;
Acumulação excessiva de tarefas;
Discriminação na formação;
Marginalização e ostracismo;
Ameaças constantes;
Injúrias e reprimendas reiteradas;
Desprezo e criação de condições humilhantes.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Novo acordo Ortográfico

A primeira grande reforma ortográfica foi em 1911. Desde então houve várias tentativas de uniformização ortográfica, no entanto só em Maio de 2008, o Parlamento aprovou o Segundo Protocolo Modificativo, que abriu caminho para a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990.

Estas alterações introduzidas pelo novo acordo ortográfico, parece que será algo ao qual todos nós teremos que nos habituar, uma inevitabilidade, mas que considero um "assassinato" à Língua Portuguesa, uma vez que uma língua transporta consigo a evolução de um povo.

No entanto e nesta fase de transição / adaptação aqui ficam as principais alterações.

- As letras K, W e Y passam oficialmente a fazer parte do alfabeto da língua Portuguesa.

- Suprime alguns acentos e aceita grafias duplas nos casos de variação de pronúncia. (Ex: jóia>joia | crêem > creem)

- Prevê a supressão das consoantes mudas ou articuladas em determinadas sequências consonânticas ( Ex: accionar >acionar | acção>ação | actual>atual | concepcional>concecional | adopção > adoção | baptizar >batizar |

- Simplifica e reformula as regras do uso do hífen (Ex. manda-chuva > mandachuva | anti-rugas > antirrugas | mini-saia>minissaia | auto-estrada > autoestrada | co-produtor>coprodutor | | fim-de-semana > fim de semana | hão-de > hão de )

- Sistematiza o emprego da inicial minúscula e considera facultativo o uso da maiúscula em vários casos.

Texto original do acordo em http://www.priberam.pt/docs/AcOrtog90.pdf

E-mail realista

Anda a circular na net, um mail que acho que retrata bem os nossos dias.
Aqui fica para a posteridade.

Uma experiência socialista ...  em 1931.
Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira.
Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam "justas".
Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria.
Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...
Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.
Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado!
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.
Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da media das notas.
Portanto, agindo contra os seus principios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.
O resultado, a segunda média dos testes foi 10.
Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5.
As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das
reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros.
Portanto, todos os alunos chumbaram...
Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi o seu resultado.
Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", disse, o professor, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável."
O pensamento abaixo foi escrito em 1931.
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos.
O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
Adrian Rogers, 1931
 
 
Esta dá que pensar....

Miranda do Douro.... uma terra a visitar

Um pouco da sua história...
Parque Urbano do Rio Fresno

Miranda do Douro, sede do concelho, está situada num espigão que domina a pique a margem direita do rio Douro, no troço internacional que separa a província Portuguesa de Trás-os-Montes da província espanhola de Leão.
A Vila de Miranda surgiu com o Rei D. Dinis que existia sobre as arribas do Douro e era banhado pelos rios Douro e Fresno.
É aquando do Tratado de Alcanices – celebrado entre D. Dinis, rei de Portugal, e Fernando IV, de Leão e Castela, que temos de fazer a leitura histórica da fundação da Vila de Miranda em 18 de Dezembro de 1286, elevando-a à categoria de vila e aumentando-lhe os privilégios antigos. Um dos privilégios deste foral era Miranda nunca sair da coroa.
A partir desta altura, Miranda torna-se progressivamente na mais importante das vilas cercadas de Tras-os-Montes.
Em 10 de Julho de 1545, D. João III eleva Miranda do Douro à categoria de cidade, passando a ser a primeira diocese de Trás-os-Montes (por bula do Papa Paulo III de 22 de Maio de 1545) que amputava à arquidiocese de Braga da maior parte do território transmontano.
Assim, Miranda ficou a ser a capital de Trás-os-Montes, sede do bispado, residência do bispo, cónegos e mais autoridades eclesiásticas bem como, militares e civis.
Em 1762, no contexto da Guerra dos sete anos, o exército de Eduardo III invade Trás-os-Montes. O Paiol, com cerca de 500 barris de pólvora, foi atingido por um tiro de canhão, fazendo ir pelos ares as quatro torres do castelo e os bairros periféricos. Aproximadamente um terço da população da cidade - cerca de 400 pessoas – pereceram perante esta catástrofe, levando assim à ruína religiosa, demográfica e urbana de Miranda.
Quase dois anos depois, em 1764 D. Frei Aleixo Miranda Henriques (23º bispo) abandona Miranda, trocando-a por Bragança, que passava a ser outra sede episcopal definitiva e única a partir de 1680.
Duzentos anos depois, graças à construção das barragens de Picote e Miranda, o concelho assumiu-se como uma região em franco desenvolvimento e a cidade, mercê da perfeita harmonia entre o passado e o presente, é, hoje, um verdadeiro museu vivo. A cidade vive de numerosos comércios (têxteis, calçado e ourivesaria) destinados aos vizinhos espanhóis, que atravessam a fronteira para fazer as suas compras.
Por isso, o concelho de Miranda do Douro é detentor de um vasto, diversificado e valioso património cultural e arquitectónico espalhado pelas suas freguesias, que continuam a preservar e divulgar parte da sua cultura por meio das suas peças manufacturadas como as Colchas feitas nos teares tradicionais, os tecidos de Saragoça e Buréis, os Bordados, Gaitas de Foles, Flautas, Castanholas e Rocas.